Verão baiano atrai turistas e abre oportunidades de emprego e renda

 

No mês de dezembro, quando começa o verão, as escolas estão em recesso e muitos trabalhadores tiram férias, tem início o período de maior efervescência turística na Bahia. O turismo no estado, que atrai brasileiros e estrangeiros motivados pela combinação das belezas naturais, patrimônios históricos e as maiores festas do verão, é o tema desta semana do programaEncontro com Gabrielli, que está disponível para download no site www.facebook.com/encontrocomgabrielli.

Na alta temporada turística, que já começou, são esperados muitos cruzeiros aportando em Salvador, aeroportos mais movimentados, hotéis cheios e turistas visitando a capital e o interior. Em 2013, o Carnaval de Salvador, que é a maior festa de rua do mundo, deve atrair mais de 500 mil visitantes, vindos, notadamente, de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, gerando uma receita de aproximadamente R$ 500 milhões para a cidade.

“Não foi à toa que a CVC, uma das principais operadoras de turismo do país, fechou acordo com a Central do Carnaval para incluir a venda de abadás nos pacotes de viagens”, observa o economista e secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli.

A expectativa, nesse verão, é que 240 mil passageiros, em 94 cruzeiros marítimos, cheguem a Salvador, onde está o único porto da Região Nordeste a recepcionar navios com até quatro mil turistas. As companhias aéreas também ampliaram as ofertas com voos regulares e diretos para cinco países: Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Portugal e Argentina.

“E a demanda está aumentando. No mês passado, a American Airlines incrementou em 40% o número de lugares nos voos de Miami para Salvador, durante o verão”, comemora Gabrielli. Na sua avaliação, a vinda do turista estrangeiro, este ano, está facilitada pela atual taxa de câmbio, com o dólar mais valorizado do que o real. Esse mesmo fator, aliás, faz com que os turistas brasileiros optem por ficar no Brasil ao invés de ir para outros países, onde, hoje, para comprar um dólar é necessário mais de R$2,10.

“Isso significa que o poder aquisitivo diminui para quem deseja viajar ao exterior, pois em relação ao início do ano temos que desembolsar mais reais para cada dólar”, explica Gabrielli. “Tudo isso tem um impacto muito forte sobre a economia da Bahia, uma vez que as pessoas estão gastando dinheiro aqui. E a principal característica econômica do turismo é essa: uma grande movimentação financeira num período curto de tempo”, acrescenta.

Negócios - Gabrielli ressalta que um dos desafios da Bahia, como destino turístico, é justamente prolongar o impacto da alta estação para o restante do ano.  “Significa que devemos atrair cada vez mais o turismo de negócios para o estado e criar mecanismos que tragam os visitantes que tem disponibilidade para se deslocar nos períodos de baixa estação”, diz o secretário.

Ela aponta ainda, como outro aspecto do verão que deve ser aperfeiçoado, as oportunidades de trabalho temporário que beneficiam diretamente a população local. Além das vagas em bares, hotéis, restaurantes e no comércio, nesse período surgem empregos relacionados com as festas da estação, sobretudo o Carnaval.

Somente no ramo varejista a expectativa é de que sejam criadas oito mil vagas em Salvador e pelo menos 20 mil em todo o estado. Muitas dessas vagas devem se transformar em contrato permanente, observa Gabrielli, o que reforça a importância de se criar mecanismos que prolonguem os impactos econômicos do verão.